11/02/2025

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: Data é marcada pela luta de valorização e inclusão das mulheres

 Dados mostram que as mulheres pesquisadoras publicam menos e recebem menos

Hoje dia, 11 de fevereiro, se comemora o Dia Internacionaldas Mulheres e Meninas na Ciência, data criada pela Assembleia Geral das NaçõesUnidas (UNESCO) em 2015, com o objetivo de fazer reconhecimento do papelfundamental das mulheres na área científica e fomentar a igualdade de gênero. Otratamento e de oportunidades ainda é uma realidade distante no tema. De acordocom o apontamento feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, aCiência e a Cultura da UNESCO. Pouco mais de 30% dos pesquisadores do mundo sãomulheres, e nas STEM (sigla em inglês para definir Ciência, Tecnologia,Engenharia e Matemática), consideradas estratégicas para a economia global,apenas 35% dos estudantes de todo o mundo são do sexo feminino.

A América Latina e o Caribe são uma das duas únicas regiões(juntamente com a Ásia Central) que atingiram a paridade na proporção depesquisadores homens e mulheres. Aqui, 45% de todos os pesquisadores são mulheres.

No Brasil, o cenário não é um dos melhores, tendo destaque o"efeito tesoura", ou seja, a dificuldade da progressão para asmulheres em carreiras acadêmicas e em ocupações de cargos de liderança nadocência e na gestão. Uma pesquisa realizada pelo Grupo de EstudosMultidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), da Universidade do Estado do Riode Janeiro (UERJ), revela embora as mulheres sejam atualmente a maioria daspessoas com títulos de pós-graduação no País, sendo 55% no mestrado e 53% nodoutorado, elas ainda são a minoria no magistério do ensino superior. NaMedicina, por exemplo, 61% dos titulados com doutorado são mulheres, mas nadocência elas representam apenas 45% do efetivo. Nas Ciências Agrárias, a diferençaé ainda maior, sendo 51% de doutoras e apenas 26% de professoras permanentes.

Além de serem minoritárias no corpo docente em universidadese institutos de pesquisa, sendo 42% dos professores, as mulheres sofrem commenor investimento direcionado para as suas pesquisas. Em 2022, o ConselhoNacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) destinou cerca deduas vezes mais bolsas para homens, no total de R$ 180 milhões, do que paramulheres, com somente R$ 94 milhões. De frente ao panorama desafiador,instituições e cientistas têm unido esforços no sentido de aumentar a presençafeminina na pesquisa e na docência.

Especificamente, a proporção de artigos científicos queincluem a participação de pelo menos uma autora mulher varia de 43% em ElSalvador a 72% no Brasil. Depois do Brasil, os países no topo da lista sãoArgentina (67%) e Guatemala (66%), enquanto os países onde a proporção estáabaixo de 51% são Nicarágua, Chile, Bolívia, Equador, Costa Rica, RepúblicaDominicana e Honduras.

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